domingo, 25 de janeiro de 2015

Amarelo encantado




Amarelo é o sol.
Amarelo é o ouro.
Amarelo é o mel.
Como amarelo é o sorriso
Sem graça alguma.
Amarelo é o  girassol,
A flor de helianto!
As frutas sazonadas amarelas são,
E nos convidam a uma mordida.
As acácias são belas, as amarelas.
Também as margaridas, as rosas,
As tulipas e as que no campo estão.
Flores silvestres, escondidas sem fama
Talvez sem aroma, são amarelas delicadas.
Amarelo é o losango da bandeira,
Amarelo é cabelo da menina lourinha,

Talvez sem aroma, são amarelas delicadas.
Amarelo é o losango da bandeira,
Amarelo é cabelo da menina lourinha,
Amarela é a cor da chama da vela,
Que eleva a fé a Deus.
Amarelo é o vestido da mocinha,
Esvoaçante ao vento da beira mar.
A gema do ovo,
e o topázio são amarelos fortes.
As folhas em pleno outono
Vão amarelecendo.
Amarela era a camisa do samba de Ari!
O dia é amarelo!
Sim senhor!
O dia claro de verão é áureo,
Diluído pela atmosfera que a tudo envolve,
Mas quem ilumina é ele, o sol.
No levante da manhã

Ele banha as casas, as janelas e cortinas
A tudo dourando.
Quando ele cai sobre os campos,
ilumina amarelamente cantos e recantos
das matas, areias e arenas.
As águas que correm e o mar que as recebe
Ficam de azul  verde a flavas.
Um clarão que esquenta,
cálido amarelo sobre a pele, as vestes e os
olhos que mal  resistem a tanta luz.
O amarelo é cor quente,
Que aquece o coração e o ambiente.
O vaqueiro da caatinga se confunde
Ao ressequido e poeirento
Do sertão escaldante.

Amarelo pardacento!
O homem nos campos abertos
dos pampas do sul carrega raios
dourados no trote do seu baio,
no ponche que o envolve.
Nas minas  de céu aberto
O garimpeiro que cata o ouro,
Não nota que dourado fica sob
O sol ardente.
O beduíno no deserto, em sua
Caminhada está dentro de uma caldeira
Onde tudo é areia flavescente, e ele
Se integra à paisagem.
Ali é onde o dia é mais claro e
Mais fulvo.

Tudo dourado, sim senhor!
Inesquecível o amarelo de Van Gogh!
O tom amarelecido do campo de trigais,
E seu vaso solitário de girassóis!
Simbólico o elo da bandeira olímpica,
A Ásia amarela!
Que coisa mais interessante a espiga
De milho, um tom ao ser colhida
E outro mais vibrante quando cozida!
E o que dizer dos belos
Canários belgas?

Amarelos suavezinhos.
As araras não seriam tão exuberantes
Se não houvesse penas amarelas
Em suas plumagens.
As borboletas amarelas
Voando despreocupadas pelos jardins!.
As abelhas obreiras enchendo os favos
Do dourado mel!
Quem gosta de futebol,
De esporte em geral
Logo lembra que há amarelo
Nos uniformes de vários times.
E a  seleção brasileira?

Canarinha, porque amarelinha.
Amarela a cor que mais reflete a luz!
Ela ganha do vermelho e do branco
Em luminosidade.
Acredite isso é verdade!
A natureza cai de amarela!
E a gente dentro dela.
Esta cor está em nossas vidas,
Há sempre algo amarelo
Em casa, na vida da gente.
Cor que vai do prato às roupas e joias.
Da Índia vem o açafrão,
Que dá cor e sabor à iguarias:
Arroz com açafrão!

Cor primária que não pode ser decomposta,
Mas pode mesclar-se a outras
e formar tantas mais.
Ela está nos campos, nos mares, nos rios
No deserto e até no céu!
Fauna e a flora esbanjam amarelo
nos quatro cantos do planeta.
Em todas as tonalidades, de todas as nuances,
Sempre há uma mancha, uma pitada
De amarelo por aí.
Mas amarelo também pode ser
Sinal de alerta para quem está doente!
No trânsito se traduz em atenção!
Quando fluorescente nas vestes,

À noite, evita acidentes!
O nome da cor é palavra de alta sonoridade
Aberta, amarelo, amarela...
É como paisagem que se abre,
Que encanta e ilumina,
Completa, complementa:
faz tudo luz!
Cor da alegria,
Cor de Iansã
Cor de eterna magia.
Que seria do arco Iris se não houvesse o amarelo?
De certo sem graça, sem vida, sem luz!
Com certeza!
Amarelo para sempre amarelo,

Minha cor de predileção!

Didileite

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